Os valores da sociedade foram modificando-se através dos tempos. A noção do glamour, sempre associada ao excesso e ao ilícito também foi adaptando-se aos novos tempos. Hoje, um volume arquitetônico, seja comercial, seja habitacional, pode ser definido como uma construção glamourosa sem que seja um adjetivo pejorativo. Mas o que é glamour na arquitetura?
É tudo que esteja associado ao luxo sem que este seja importante ou necessário para a existência dessa construção. Porém qual o juízo de valor do que é necessário ou não? Hoje, com a valorização do ser humano, vivemos uma era em que, no centro de tudo, está o seu bem-estar. As necessidades e preferências pessoais se tornam muito mais importantes que as tendências. O legítimo e o lícito são os valores pessoais.
O passado foi se moldando até chegarmos ao momento atual, em que a noção de glamour tem muito mais a ver com sofisticação e satisfação pessoal do que com excesso e frivolidades – uma imagem vai muito além da realidade. Assim pode ser definido o glamour em casa: você pode ter um quadro excessivamente valioso, mas apenas um quadro; você pode ter uma cozinha supersimples, mas com uma geladeira incrível. Glamour é ter a personalidade de priorizar aquilo que é inédito e único para você.
Como por exemplo, colocar um móvel antigo lindo na cozinha ou no banheiro, porque são os lugares da casa que você mais usa – o inusitado também é glamour. Ser glamouroso significa ter charme e atitude, bem diferente da ideia antiga, em que glamour significava pessoas a quem davam um juízo de valor errado para o que era importante. Hoje, o glamour é dar valor e importância às suas preferências e escolhas. Glamour é você no centro das suas necessidades e no centro de sua casa!