Ser gay hoje é mais leve do que num passado recente? Como é se assumir hoje? Como foi décadas atrás? O documentário “Abrindo o Armário”, que estreia nesta quinta-feira (16/08), no Cinemark do Downtown, na Barra, e em mais 20 cidades, traça um painel do movimento gay no país, da década de 1970 pra cá. Durante duas semanas, até 29/08, o filme poderá ser visto sempre às 19h, com preços reduzidos (inteira: R$12 e meia: R$6).
No documentário, é mostrada através das lembranças e emoções de 16 personagens com idades que vão dos 22 aos 75 anos. Dedicado à Madame Satã, a primeira imagem do filme é uma frase do famoso malandro carioca dos anos 40/50: “Sempre fui viado, mas nunca deixei de ser homem por causa disso”. Entre os personagens, Linn da Quebrada, o novo fenômeno na noite paulistana; o escritor João Silvério Trevisan, o campeão de games Gabriel Kami, o cineasta Fabiano Canosa, o casal Gilberto Scofield e Rodrigo Barbosa, os Dzi Croquettes Ciro Barcello e Bayard Tonelli, alguns jovens entre 20 e 30 anos, e mais gente das artes.
“Abrindo o Armário” tem roteiro e direção de Dario Menezes, em parceria com Luiz Abramo. “A busca dos personagens foi um trabalho que durou mais de três meses. A gente sabia o que queria, mas também estava aberto ao novo. Foi aí que chegamos a pessoas incríveis, com lindas histórias. A luz e a fotografia do Abramo sublinham, de forma fantástica, a narrativa dos personagens. Fizemos um filme que emociona, que tem alma” – diz Dario, que já foi de seminarista a dono de discoteca, até virar editor de texto do Fantástico, por 23 anos.