Muitos cariocas passaram o fim de semana sob certa tensão, depois de saberem que a Secretaria de Segurança (atualmente sob intervenção federal) decidiu que todos os policiais do projeto “Segurança Presente” vão passar a fazer o patrulhamento fardados pelas ruas dos bairros onde atuam. Até aqui, policiais não usam fardas – são identificados pelos coletes, nas cores de cada bairro, pelo distintivo e pela tarja com o nome. “O uso do uniforme é a marca de um programa que traz segurança a bairros específicos, estabelecendo comunicação próprias com os moradores até mesmo pelo WhatsApp. É um programa em que os comandantes estão no terreno, junto com os comandados”, diz um capitão, sob anonimato.
E completa: “Na prática, isto é quase o fim do projeto; resta a esperança de que voltem atrás nessa decisão. O ‘Segurança Presente’ é uma revolução que o Rio iniciou, e que já foi adotado fora da cidade, como em Niterói, Nova Iguaçu, e até em Maceió, Alagoas. No que consiste? Na simplicidade. Não acho que o problema seja eles usarem a farda da qual cada um deles certamente se orgulha. E tem 100% de aprovação por parte da população”, completa. Moradora da Lagoa, área beneficiada, complementa: “O Exército entende como ninguém de aplicação de recursos nos terrenos – e saberá entender o quanto é importante que o projeto continue tendo a gestão com a qual foi criado. O que funciona precisa ser preservado!” Não conseguimos contato com a Secretaria de Segurança.