Quem é que não sabe que Botox é item de primeira necessidade na vida de muitos cariocas? A divulgação pela Allergan do lote de toxina botulínica falsificada deixou muita usuária praticamente arrancando cabelos com pinça, só de pensar na hipótese de qualquer desacerto. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (a Anvisa) determinou a proibição da distribuição do lote suspeito. Ainda assim, surgiu uma certa inquietude com o assunto, mas tranquilizem-se: a possibilidade de os bons médicos serem vítimas de usar o produto inadequado é absolutamente nula.
Olha o que dizem alguns deles, cariocas que têm forte atuação na área:
Doris Hexsel (dermatologista) – “O controle de qualidade é muito rigoroso. Um profissional sério só compra do distribuidor; essa é a diferença de um médico qualificado para um médico qualquer. Mal comparando, seria como comprar uma bolsa na rua (bem mais barata), mas a pessoa sabe que é falsa.”
Denise Barcelos (dermatologista): “Isso aconteceria com médico que compra de qualquer fonte. Esse lote falsificado, com certeza, não foi vendido pela Allergan. Os profissionais da Zona Sul dificilmente comprariam de outra fonte, que não a empresa, que foi quem denunciou”.
Fabio Cuiabano (dermatologista): “Não uso Botox da Allergan no meu consultório; uso o Dysport, da Galderma. Como a minha compra é classificada como especial, pelo volume, o laboratório dispôs um representante para me atender”.
Rodrigo Mangaravite (cirurgião plástico): “Acho sempre importante comprar o produto direto do fornecedor, para evitar esse tipo de problema. Nesse caso do Botox, foi a própria empresa fabricante que descobriu o lote falsificado. Uma vez soube que estavam me oferecendo com preço mais baixo; como não era do fornecedor que conheço, suspeitei de cara.”