Livro de Ruy Castro é esperado com excitação pelos fãs; sim, é um dos raros escritores que têm fãs, como artista de TV, por exemplo, com a diferença que a maioria tem um nível intelectual alguns tons acima – digamos assim. Nessa quinta-feira (07/12), Ruy lançou o “Trêfego e Peralta – 50 textos deliciosamente incorretos“, da Companhia das Letras, na Livraria da Travessa de Ipanema. O trabalho comemora 50 anos do seu lado jornalista. Ao ouvir comentários sobre a foto de capa (feita por Arnaldo Klajn, no Jardim de Luxemburgo, em Paris, quando o escritor tinha 33 anos), ele esclarecia: “Sobrevivi a muita vodca e muito pó – parei a tempo”, dizia Ruy, com um olhar de admiração à própria imagem.
E a grande fila seguia, bem grande mesmo: o autor é do tipo que bota-a-vida-em-dia com os amigos, o que levou o produtor cultural Chiquinho Nery com frases bem-humoradas para quem estava atrás ou na frente: “Isso é um autógrafo maior que os Lusíadas?”, perguntou a certa altura, ao que outro respondeu: “Os Lusíadas? Só sei do tempo da Anitta pra cá”, e um terceiro disse: “Só se for na Anita Garibaldi“. Fato é que alguns parecem que ficam ali ao pé do ouvido do autor contando desde a primeira comunhão. Com gente assim, a fila do Ruy Castro fica bem mais suportável que as outras, e contando ainda, com sua mulher, a também escritora Heloísa Seixas cumprimentando, abraçando, conversando e organizando tudo. Muita gente conhecida passou por lá, mas não temos fotos. Que tal?