A situação do prédio de Sérgio Cabral, no Leblon, é esta: são cinco andares com um apartamento por andar: dentre eles, três têm alguma relação com a Operação Lava Jato: além do ex-governador, dono do quarto andar, são proprietários ali Orlando Diniz, presidente da Fecomércio, que contratou o escritório de advocacia de Adriana Ancelmo por R$ 13 milhões – a Federação tem convênios com o governo do Estado do Rio e, portanto, eticamente, Adriana estaria impedida de trabalhar para eles; o de Diniz está em obras – paradas há certo tempo, no terceiro andar. O empreiteiro Maciste Granha de Mello Filho, preso recentemente acusado de pagar propina ao esquema de Cabral para obter vantagens em contratos de sua empresa – no quinto andar; uma psicóloga no primeiro, que deixa o prédio no começo do ano, assim que as obras da sua casa no mesmo bairro ficarem prontas. No quinto, mora um empresário que não se manifestou ainda sobre continuar vivendo naquele endereço. Ou seja, existem grandes chances de os filhos de Cabral passarem a morar sozinhos no famoso prédio da Aristides Espíndola.