Carolina Dieckmann é a alegria da festa, aquela pessoa que todos esperam para animar o ambiente. Foi assim durante o lançamento da série “Treze Dias Longe do Sol”, escrita por Elena Soárez e Luciano Moura, nessa quinta-feira (26/10), na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema. Ela protagoniza a minissérie de 10 capítulos ao lado de Selton Mello, que estreia no Globo Play no dia 2 de novembro (e na TV em janeiro). A atriz, atualmente morando em Miami, com o marido, Tiago Worcman, e o filho caçula José, veio ao Brasil só para o evento e volta à cidade americana neste domingo (29/10).
Era perceptível sua alegria ao contar sobre a personagem, que fica soterrada quando um prédio construído pelo engenheiro Saulo, personagem de Selton Mello, desaba. “Marion é um médica que sabe como fazer um curativo e quanto tempo uma grávida contrai antes de parir (na trama, a atriz Camila Márdilla está grávida e também soterrada). Fizemos uma preparação e, como passamos muito tempo numa situação limite, tivemos que colorir o momento, porque não podia ser dor o tempo todo, fome, sede… Foi um trabalho mental”, diz ela.
Perguntada se existe algo que a deixa claustrofóbica, não pensou duas vezes. “Tenho aflição de elevador com muita gente. Tenho vontade de sair, mas tenho vergonha, mas nessas horas vem o autocontrole”. Na história, sua personagem terá uma forte ligação com o engenheiro vivido por Selton, de quem foi par romântico em “Tropicaliente” (1994), como Açucena e Vitor. “Acho que retomar essa parceria depois de tantos anos sem trabalharmos juntos é uma forma de rever a minha própria história, ver onde comecei e onde conseguir chegar. Relembrei muitas memórias e emoções daquela época”, reflete.
Outro detalhe que a deixou feliz foi a falta de maquiagem, já que Marion fica debaixo dos escombros, sempre suja de lama e poeira, que ela levava 40 minutos para limpar. “Odeio maquiagem. O que fiz foi caracterização (praticamente soletrando, aos risos). Eu até gosto, a gente se sente bonita, mas não gosto da sensação. Aquele negócio na pele… Me sinto bem quando estou no banheiro passando uma buchinha, limpando tudo.”
Carol também tentou explicar sua espontaneidade: “Sou uma pessoa que sempre tentou acertar usando a verdade. Sempre fui assim e trago isso desde sempre. Eu tinha uns 10 anos quando minha casa pegou fogo. Cheguei da escola e não tinha nada. Minha mãe disse que a gente não tinha perdido nada porque estávamos vivos. O que é nosso é o que a gente sente, o que a gente ama. Desde nova, por uma tragédia, vi que não controlamos o futuro.”
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