Depois de sete temporadas em São Paulo e apresentações até em Portugal, estreia no Rio, na quinta-feira (03/08), o documentário cênico “Luis Antonio – Gabriela”, no Sesc Copacabana. O espetáculo teve mais de 35 mil espectadores e recebeu, em 2011, nove importantes prêmios – dentre eles, os prêmios Shell de Melhor Direção, APCA de Melhor Espetáculo e Prêmio Governador do Estado de São Paulo de Melhor Espetáculo pelo Júri Popular, dentre vários comentários elogiosos, como o do diretor Antunes Filho: “…Uma das melhores coisas do teatro brasileiro. Eu acho uma coisa sofrida, mas bonita, linda na sua feiura. O feio é belo ali, adquire a forma de arte. Foi uma revelação pra mim”.
A história é incrível, digna de Almodóvar: o ator e diretor Nelson Bakserville levou para o palco as memórias da convivência com seu irmão transgênero, oito anos mais velho, que abusou dele sexualmente. Depois de 30 anos sem contato com Luis Antonio, Nelson recebeu uma ligação avisando da sua morte na Espanha. A irmã Maria Cristina viaja para lá e descobre que ele ainda está vivo, é o travesti Gabriela, mas está com Aids. Maria Cristina, que vai ser interpretada, no Rio, por Virginia Cavendish, segue acompanhando o irmão até sua morte verdadeira, em 2006.