Os moradores da rua Visconde de Carandaí, no Jardim Botânico, prometem protesto para este sábado (15/07), em frente ao restaurante Grado, que o chef Nello Garaventa abriu há uma semana no número 31. Eles alegam que, desde então, não têm mais sossego: a casa funciona até mais de 1h da manhã, com mesas na varanda aberta, gerando barulho e transtornos variados – inclusive com entrega de carga em horário fora do permitido pela lei.
Segundo os critérios de zoneamento da cidade, a rua fica em Zona Residencial 2, e, portanto, não pode ter restaurantes, a não ser em suas extremidades: caso do Puro e do Venga. Mas os donos conseguiram um alvará.
“Tivemos uma reunião bem acalorada na terça (11/07), com o representante do restaurante, Carlos Saboia, que se manteve irredutível”, disse Heitor Wegmann Jr, presidente da Associação de Moradores e Amigos do Jardim Botânico. “Quem mora numa vila na Pacheco Leão, logo atrás, também está incomodado com o mau cheiro dos exaustores, que apontam para lá”, acrescenta Heitor.
Empresária vizinha à casa diz que suas paredes tremem com os equipamentos do Grado. Além de tudo, a casa está em Área de Proteção do Ambiente Cultural (APAC) do Jardim Botânico, sendo necessário licenciamento junto à Prefeitura para qualquer modificação na arquitetura, o que, também, não foi feito. Se não conseguirem a retirada das mesas ao ar livre e a instalação de um vidro de proteção acústica na varanda, os moradores vão se mobilizar pela revogação do alvará do restaurante italiano.
O site não conseguiu falar com os responsáveis pelo restaurante. O espaço está aberto para a réplica.