Triângulos, sejam eles equiláteros, isósceles ou escalenos são sempre interessantes de se observar. Santíssima Trindade, símbolo maçon, os triângulos estão presentes nas culturas cristã, hindu, egípcia e babilônica. Triângulo também fala de início, meio e fim – e corpo, alma e espírito. O espetáculo ”E se eu não te amar amanhã?”, no Teatro Leblon, mistura esses elementos em um triângulo amoroso/amigo/sexual, com texto inédito de Julia Spadaccini e direção de Sandra Werneck.
Luana Piovanni (Samantha) e Leonardo Medeiros (escritor) representam um casal que têm os impasses mais comuns do mundo. E o amigo, Zé Roberto, interpretado por Marcelo Laham, torna ainda mais comum a história de amor. A forma de se apaixonar, o aborrecimento do casamento e o estado em que se fica recém-separado.
“No cinema sempre gostei de dirigir atores. Como é a minha primeira viagem nesta área, espero aprender muito e colaborar com a minha experiência”, “Nos encontramos, Julia e eu, e conversamos muito. Foi uma empatia, uma intuição que eu estava escolhendo a pessoa certa, para escrever o que eu estava querendo”, comenta Sandra.
Poderia ser mais uma comédia, um pequeno drama. Mas ”E se eu não te amar amanhã?” é construída como se constrói a vida. Parte-se de um ponto, não se consegue seguir em linha reta, volta-se atrás, vira-se de lado, marcha a ré, aceleração, freada, ”pit-stop”. E qual história de amor não é assim?
Serviço:
Teatro do Leblon
Quintas a Sábados às 21h
Domingo às 19h