Joana César ficou conhecida, já há alguns anos, por encher os muros da cidade com frases escritas num código secreto, um alfabeto próprio que ela começou a desenvolver aos 12 anos, para que não lessem seu diário. Nessa quinta (27/04), Joana abriu a exposição “A ponte (onde ele disse que não posso ir)” e lotou de amigos e admiradores a Galeria Athena Contemporânea.
Em tempos que se busca significados esotéricos a textos criptografados – o caso de Bruno Borges, o rapaz que sumiu de casa, no Acre, deixando o quarto cheio de mensagens secretas ainda não foi esclarecido – a artista carioca jura que seu alfabeto não é tão difícil assim de ser decifrado. Ao lado de cada quadro, ela escreveu, com caneta pilot cinza, um texto na parede. E, pela primeira vez, reproduziu atrás de cada tela algumas palavras na língua inventada.