Desta sexta a domingo (21 a 23/04), índios de etnias variadas como os Pataxós, do Sul da Bahia, os Kaingangs, do Rio Grande do Sul, os povos do Xingu, como os Kamayurás e os Yawalapitis, os Tukanos, do Amazonas, os Guajajaras, do Maranhão, e ainda representantes das tribos Kariri-Xocó, Potiguara e Fulni-ô, do Nordeste, mas índios dos povos Guarani e Puri, que moram no Rio, vão estar no Parque Lage, esticando a comemoração do Dia do Índio, que foi quarta-feira (19/04)
A programação, de 9h às 18h, não vai se resumir a cânticos e danças, pinturas corporais e exposição e venda de artesanato. Dentre os participantes dos muitos debates está o advogado Luiz Eloy Terena, da aldeia Ipegue, do Mato Grosso do Sul. Com 27 anos, é uma liderança ameaçada por pistoleiros da região por causa do trabalho na OAB em defesa dos índios. Ele vai falar, neste sábado, sobre “A violência contra os povos originários: demarcação de terras, genocídio, preconceito e resistência cultural”.
A organização do evento é da Associação Indígena Aldeia Maracanã. Seu presidente, o cacique Carlos Tukano, está empenhado em divulgar a cultura indígena: “O cidadão comum do Rio não conhece a história de sua própria terra. Hoje, nós sabemos falar português, não precisamos de tradutores, e temos capacidade de discutir direitos para cumprir deveres”, conclui.