A promotora de eventos Carol Sampaio comemora, neste sábado (16/07), cinco anos do seu Baile da Favorita, na quadra da Acadêmicos da Rocinha. Foi nesse mesmo lugar que a festa começou, numa época em que o funk era pouco aceito – hoje já é quase uma unanimidade nacional. Aquela que levou o funk para a Zona Sul.
A carioca levou também a sua atração para 11 Estados e até para fora do país – ano passado, teve uma edição em Miami, nos EUA. Muitos artistas frequentam o Baile, muito em razão de ser Carol quem chama – ela recebe muito bem os convidados e se diverte tanto quanto o público, a ponto de subir ao palco e descer até o chão com os funkeiros.
Carol, você acha que o Baile da Favorita ajudou a diminuir o preconceito em relação ao funk?
“Acho sim, as pessoas passaram a conhecer melhor e não tem como não se divertir – é contagiante!”.
Muitos comparam o funk ao samba do início: os sambistas eram perseguidos pela polícia, considerados marginais. Quanto tempo vai levar para o funk ser completamente aceito?
“Já rodamos o Brasil todo e, em todas as cidades, todo mundo já conhece e ama! Lembro no começo, quando pedia para o Multishow transmitir, era impossível. Hoje em dia, na tevê tem todo mundo do funk, em toda festa de casamento é um desejo ter funk, acho que já fomos aceitos”.
Qual é a roupa mais adequada para um baile funk? Você adota o estilo?
“Acho que um short é perfeito, você está linda e dança super confortável. O salto não precisa ser tão alto. Adoro um macaquinho, também”.
Baile funk que é baile funk acontece no volume máximo. Como você lida com a reclamação da vizinhança em relação ao barulho?
“Sempre fazemos medição e com isso sempre estamos no limite permitido …” (Nota do site: alguns vizinhos reclamam do barulho do baile, pedindo notas aqui na coluna).
Você está sempre pensando em novidades para o Baile da Favorita? Ele mudou com o tempo?
“Claro! Estamos sempre procurando novidades, estamos sempre criando coisas novas, como atrações, cenografia, os copos, bonés e, este ano, ainda teremos algumas supernovidades. Aguardem!”
A crise chegou a atrapalhar a expansão da Favorita para outras cidades ou você nem sabe o que é crise?
“A crise atrapalhou todos os setores, mas, graças a Deus, o meu é um setor que lidamos com diversão e sonhos, então as pessoas não deixam de ir, mas consomem menos e por aí vai … Para as outras cidades continuamos indo, tentando minimizar o custo para o contratante. Então, não afetou tanto”.
Ser bonita e gostosa nesse caso ajuda ou atrapalha? Dão muito em cima de você na festa? Qual a tática pra se libertar?
“Obrigada pelo elogio! Rsrsrs. Acho que o homem olha mais, mas não chega, não, pede foto e tal, mas tiro muito mais fotos com mulheres, o que acho o máximo, porque para mim significa ser admirada! Acho meu público único, especial, e com melhor astral do mundo!”