O Conselho Nacional de Justiça decide, em sessão marcada para esta terça-feira (31/05), o processo envolvendo a viagem para um curso nos EUA, nos próximos doze meses, da desembargadora Mônica Sifuentes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O pedido de viagem da desembargadora motivou uma resolução do ministro Francisco Falcão, presidente do Superior Tribunal de Justiça e do Conselho da Justiça Federal, que acabou por restringir o afastamento por mais de 30 dias de juízes federais. Agora, quem quer viajar por mais de um mês tem que ter autorização do ministro.
O caso da desembargadora Mônica não é único no TRF-1 – mais de 20 estão fora de sua jurisdição, que é em Brasília. A corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, entrou com um processo de correição no gabinete da desembargadora, para verificar se o seu afastamento, que seria da próxima quinta-feira (02/06) até a mesma data de 2017 não vai atrapalhar o ritmo do trabalho no tribunal. Até janeiro, Mônica tinha sobre sua mesa 2.688 processos para julgar, alguns abertos há mais de quatro anos e envolvendo pessoas com mais de 60 anos de idade e presos.
Se for seguida a resolução 395 do ministro Francisco Falcão, Mônica só poderá viajar se zerar o estoque de processos em seu gabinete.