Levou um tempo, mas o arquiteto Paulo Sérgio Niemeyer finalmente se rendeu à influência do bisavô, Oscar Niemeyer. Presidente do Instituto Niemeyer desde 2010, Paulo Sérgio está se relançando profissionalmente como designer. Sua estreia foi na Suíça, no ano passado, com a Chaise Rio, inspirada no Pão de Açúcar e com os traços curvilíneos de “Seu Oscar”.
Nesta sexta (19/02), ele encerra sua participação da 21ª Abimad (Associação Brasileira das Indústrias de Móveis de Alta Decoração), na Expo Center, em São Paulo, com uma nova linha: a mesa Oscar, o banco Alvorada, mais as mesas laterais Catedral e Alvorada, em jequitibá, imbuia e catuaba.
Ao contrário do que todos pensam, Paulo Sérgio não se interessou pela arquitetura por causa do bisavô, mas pelo pai, o arquiteto Walter Makhohl, casado com Ana Elisa Niemeyer. “Ainda muito novo, lá pelos cinco anos de idade, eu sempre o acompanhava nas obras que visitava e em seu escritório, o que me motivou a ser arquiteto; ele me mostrou o que era a arquitetura.”
Nem por isso foi uma opção fácil para Paulo: “Cheguei a pensar em fazer oceanografia ou outro curso, para não ser um arquiteto frustrado como minha mãe dizia que seria, porém hoje sei que escolhi a profissão certa”. E acrescenta: “ Os móveis e projetos que realizo não são para agradar um ou outro, ou fazer jus ao nome Niemeyer, mas para fazer o que gosto, como meu bisavô me ensinou”.