Depois de passar anos nos mais badalados salões do Rio, Raphael Vogler, excelente profissional em tintura e corte, decidiu tentar a vida em Miami e conseguiu pegar toda clientela das antenadas brasileiras que moram lá. A seguir, ele nos conta como tudo aconteceu.
“Eu decidi me mudar pra Miami, depois de, em novembro de 2013, vir passar férias. Tinha vinte anos que não vinha pra cá e, nesse retorno, assim que cheguei, me vi morando nesta cidade. Foi uma sensação engraçada. Miami é uma cidade solar, com uma atmosfera leve e cercada de água. No meu caso, que sou carioca, foi um fator que ajudou na minha decisão de vir pra cá.
Nessas férias, uma amiga minha, arquiteta, que já mora aqui há muitos anos me apresentou ao Dinho, dono do Studio-D, que, logo de cara, depois de ver meus trabalhos, me fez o convite pra trabalhar com ele. Foi tudo muito rápido e nada planejado. Foi o tempo de voltar pro Brasil e, em dois meses, me mudar pra cá. Tudo vem correndo bem desde o início, superando todas as minhas expectativas.
A minha clientela é 80% brasileira. O salão é frequentado em maior parte por brasileiros que vivem aqui, os que têm casa e vêm com frequência e por turistas que estão aqui e vêm ao salão, justamente por ter profissionais brasileiros, incluindo as manicures. É difícil eles se adaptarem ao estilo dos profissionais americanos ou hispanos. Não sinto diferença em relação ao que elas pedem no Brasil. Elas buscam sempre um diferencial no atendimento, e aqui são todas muito bem recebidas.
As americanas geralmente têm um estilo um pouco diferente do das brasileiras; mas me refiro ao estilo de mechas. As loiras gostam de um tom de mechas bem claro, que varia de um platinado a um dourado mais frio. Já as morenas querem luminosidade, mechas em um tom “honey blond” com a raiz mais sombreada (efeito sombré), mechas sem raiz marcada, que proporcionam mais naturalidade e espaça mais os retoques. O médio com camadas é um comprimento bem pedido por elas, e não sai da moda. No geral, não sinto diferença – com certeza, pelo fato de ambas estarem antenadas às tendências. É isso: estou muito feliz de viver aqui e ter a oportunidade de estar em um país onde as coisas funcionam. Quem não gosta, né? Rs…”