Rodrigo Aquim, que com os irmãos Rafael e Samantha administra um dos bufês mais conhecidos do Rio, o Aquim, não imaginava que ao escolher a mortadela como um dos ingredientes do bufê de um dos camarotes do Rock in Rio fosse causar polêmica. Na última edição do festival seu bufê serviu o presunto espanhol Jamón Serrano e uma fila se formava para comer a iguaria importada.
Rodrigo assegura que a mortadela nacional, com pistache, está sendo muito bem aceito, a ponto de a quantidade prevista para dois dias estar se acabando em apenas um. “É um produto super nobre, o mais caro do mercado – custa de R$ 50 a R$ 60 o quilo – e é mais gostosa que muito presunto. Minha intenção foi proporcionar uma experiência gourmet: para isso, compramos uma máquina italiana de fatiar retrô, igual a que vi no restaurante Hélène Darroze, em Paris, que tem duas estrelas Michelin, onde frios são fatiados na frente do cliente por um garçom”.
“Não existem ingredientes de pobre ou de rico, mas ingredientes bons ou ruins”, defende. “Hoje, qualquer bufê a quilo tem presunto; na Itália, a mortadela é valorizada”, conclui.