O fotógrafo Leo Aversa foi à agência dos Correios do Jardim Botânico, na manhã desta sexta-feira (18/09), para enviar uma carta simples para São Paulo, que custaria R$ 2,20. Ele não se lembrava de que os Correios estão com uma greve de funcionários, que já atinge 15 Estados e o Distrito Federal – e não tem previsão para acabar. A atendente foi logo dizendo que, por causa da greve, a carta ia demorar dez dias úteis para chegar. “Se quiser que chegue na segunda, só com Sedex, que custa R$ 18”, acrescentou. Que greve é essa que só afeta os serviços baratos?
Consultamos o Procon do Rio, que deu a seguinte orientação: “O consumidor tem, inicialmente, o direito de reclamar da demora junto ao Procon Estadual, em um de nossos postos, pelo site www.proconconline.rj.gov.br ou pelo aplicativo Meu Procon-RJ. No entanto, a análise do caso vai depender também do julgamento da legalidade da greve, feito pela Justiça do Trabalho. Se a greve for considerada legal e a categoria estiver respeitando o número mínimo de funcionários trabalhando durante a greve, a possibilidade de atrasos realmente vai existir”.
Que fique claro que o site não tem nada contra as reivindicações dos carteiros. Mas fica difícil para o usuário dos Correios, que já paga caro por um serviço muito ruim, se solidarizar com qualquer causa trabalhista diante desse tipo de episódio.