Apesar de já publicado na “Folha de São Paulo”, muita gente não sabe que Georges Wolinski, um dos grandes cartunistas mortos no atentado à sede do jornal francês “Charlie Hebdo”, por radicais islâmicos, no dia (07/01), em Paris, cujo corpo vai ser cremado no cemitério de Pere-Lachaise nesta quinta-feira (15/01), era admirador de Millôr Fernandes.
Quando visitado por Roberto Freire, em 1971, então diretor da Arte & Comunicação, que esteve na casa do francês interessado em comprar direitos de publicação de alguns cartuns, Wolinski disse a Freire: “Não quero dinheiro nenhum, quero ir ao Brasil. Você não sabe o que é não conhecer o Brasil, não conhecer Millôr Fernandes“.
Millôr gostava do trabalho do cartunista, mas quem era apaixonado por ele era outro grande nome “nosso” nessa área, o Henfil. O encontro entre Millôr e Georges Wolinski nunca aconteceu, segundo seu filho, Ivan Fernandes.