No Rio, segundo o Consulado da França, existem 7 mil franceses (fora os ilegais), o que não deu pra entender a baixa adesão da manifestação no começo da noite desse domingo (11/01), em homenagem às vítimas do ataque terrorista ao “Charlie Hebdo” e a um mercado kosher, totalizando 17 mortos, em Paris.
Na cidade carioca, dezenas de franceses e alguns locais juntaram-se, saindo em caminhada pela orla, com cartazes que condenavam a violência e o extremismo ideológico, depois de cantarem o Hino francês. A maioria carregava cartazes com a frase “Eu sou Charlie”, em direção à Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, onde foram colados nos tapumes que protegem as obras da estação do metrô.
O que chamou a atenção de muitos na passeata carioca foi a ausência de qualquer liderança brasileira ou mesmo local – Municipal, Estadual ou Federal. Nem depois de ver, no mesmo dia, na capital francesa, mais de 60 chefes de Estado (muitos inimigos históricos de braços dados) participando da “Marcha Republicana”, tendo à frente o Presidente François Hollande, contra a violência e a liberdade de expressão, com mais de 1,5 milhão de pessoas? O que, então, dizer de nós?