O Boulevard Richard Lenoir, no 11ème Arrondissement, onde ocorreu o ataque ao escritório da revista “Charlie Hebdo”, nesta quarta-feira (07/01), em Paris, matando 12 pessoas e deixando vários feridos, é uma rua mais residencial, não tem vaivém de turistas, fica pertinho na região da Bastille – aí, sim, um dos lugares mais turísticos da capital francesa, muito frequentado por estudantes, já que existem vários bares na área.
Em Paris, nesta época do ano, tem gente do mundo inteiro. A cidade está lotada de brasileiros. “As televisões das lojas estão mostrando o atentado ininterruptamente e os turistas parecem desorientados”, diz o consultor de moda Paulo Pereira, mineiro que vive na França há muitos anos (ele é também cidadão francês). Como ele, 8.500 brasileiros são cadastrados no Consulado, mas uma maioria vive ilegalmente.
Essa revista já havia sofrido ataque em 2011, depois de publicar uma caricatura de Maomé, o que deixou os muçulmanos furiosos. Entre os mortos, dez são funcionários da Charlie Hebdo, quatro cartunistas conhecidos: Wolinski, Charb (também diretor), Cabu e Tignous, e dois policiais.
Segundo a imprensa francesa, os atiradores gritaram: “Vingamos o Profeta!”, numa referência a Maomé. Não foi informado o número de envolvidos na tragédia. O presidente François Hollande disse que a França está em estado de choque pelo “ataque terrorista” – óbvio!