O documentário “Othelo, O Grande”, dirigido por Lucas H. Rossi dos Santos, fez estreia mundial na Première Brasil do Festival do Rio, no Estação Net Gávea, nessa sexta (13/10). Na tela, a vida de Sebastião Bernardes de Souza Prata — negro, baixinho, orfão e neto de escravos, o primeiro ator preto brasileiro a fazer parte do cinema e da televisão nacionais, um dos maiores comediantes do Brasil. Narrado em primeira pessoa e utilizando imagens de arquivo, o doc produzido pela Franco Filmes foi o primeiro a ser aplaudido de pé no festival, causando em muitos ali praticamente um abalo emocional.
“Fazer um filme sobre Grande Otelo é, para mim, um movimento ancestral visto que todos nós, negros que trabalhamos com arte no Brasil, seguimos seus rastros ao longo de nossos caminhos. No entanto, seu nome anda esquecido no século XXI e completamente desconhecido para as novas gerações. Ele foi um dos maiores artistas do Brasil e o primeiro ator negro conhecido nacional e internacionalmente”. diz Lucas. Grande Otelo trabalhou com vários diretores: Orson Welles, Joaquim Pedro de Andrade, Werner Herzog, Júlio Bressane, Marcel Camus e Nelson Pereira dos Santos.