A possível desgraça particular que Marcelo Crivella (Republicanos) pode estar vivendo neste momento, condenado pela Justiça Eleitoral a ficar oito anos inelegível, por abuso de poder econômico nas eleições de 2020, pode ser um bom exemplo para ficar gravado na cabeça dos políticos cariocas. À época, foi distribuído material de campanha falando do opositor, Eduardo Paes. Eram informações falsas, como defensor da legalização das drogas, do aborto e kit gay nas escolas. Além do atual prefeito, os partidos Cidadania, DC, PV, PSDB, AVANTE, PL e DEM também entraram na Justiça contra o bispo. Foi pedida também a cassação do mandato de Crivella como deputado federal, eleito em 2022. Para a decisão, em primeira instância, cabe recurso.
Procurado, o psicanalista Arnaldo Chuster comenta: “Políticos mentem sobre o adversário para torná-lo inferior e ruim aos olhos do eleitor. Tanto maior é a mentira, tanto mais grave é o problema de caráter e do funcionamento mental. Tem político que acredita na própria mentira, quadro que não se diferencia muito de uma psicose. Se a mim fosse dado fazer exame psiquiátrico de muitos políticos teria argumentos para torná-los inelegíveis por doença mental incapacitante.”