Procurado para saber o que sente com o retorno ao trabalho, na Secretaria de Educação, da professora Monique Medeiros — ré pela morte do filho Henry Borel, de 4 anos —, Leniel Borel, pai da criança, comenta: “Eu luto todo dia, venho tomando várias pedradas. E agora vão botar uma ré com crime de assassinato de criança pra trabalhar com criança? Que pai e mãe vão deixar uma criminosa, com possibilidade de participação no assassinato do próprio filho, conviver com uma professora como essa? Estou revoltado; isso é favorecimento de impunidade. Que direitos uma ré pronunciada tem depois de um crime hediondo?”
Monique estava de licença desde abril de 2021 (o crime que chocou o País aconteceu dia 8 de março do mesmo ano), quando foi presa preventivamente. Agora, foi destinada ao almoxarifado, enquanto não acontece o julgamento sobre seu rumo como servidora pública. Tanto ela quanto o ex-vereador Dr. Jairinho serão julgados pelo II Tribunal do Júri.
Leniel diz ainda viver tendo pesadelos: “Quão difícil tem sido as minhas noites! Penso que, daqui a pouco, esquecem que uma criança inocente foi morta. O lugar da Monique não é trabalhando — é na cadeia! Vai ser paga com meu dinheiro, dos impostos que pagamos. Recebo muitas mensagens de pessoas revoltadas. Ela é um risco pra sociedade”, completa.