Se médico fizesse vida social com receituário no bolso, Margareth Dalcolmo não teria sossego nem por 1 minuto. Desde que virou a “porta-voz da pandemia”, é das médicas mais admiradas e assediadas do País. O reconhecimento não é só nas ruas — na sua classe também. A pneumologista tomou posse nesta sexta (21/10), na cadeira 12 da Academia Nacional de Medicina (ANM), com 69 votos dos 80 membros da ANM, na vaga do pediatra Azor José de Lima, morto em agosto de 2020. Jamais foi vista fila de cumprimentos igual.
Durante o inferno da covid-19, a pneumologista, pesquisadora da Fiocruz, membro do grupo de especialistas do Ministério da Saúde, foi um dos destaques durante a pandemia, deu incontáveis entrevistas, falou, ensinou, acalmou todo mundo (já falado aqui), tendo aparecido mais de 500 vezes em rádio, TV, jornais nos últimos dois anos. Foi uma grande personagem dos tempos tão difíceis e doloridos do coronavírus. À época, disse que a ciência e a compaixão têm que estar de mãos dadas.