O longa que encerra a “Trilogia da Catarse”, composta por documentários dirigidos pela cineasta carioca Adriana L. Dutra, “Sociedade do Medo”, teve sua primeira exibição no Festival do Rio, nesse sábado (08/10), no Estação Net Gávea, concorrendo como melhor documentário na mostra Première Brasil. Todo mundo percebia a alegria que Adriana demonstrava pelo resultado desse trabalho, iniciado antes da pandemia.
A documentarista entrevistou especialistas dos mais diferentes perfis e realidades em Tóquio, Nova York, Los Angeles, Londres, Paris, Amsterdam e outras cidades. Na tela, são vistos desde os professores David Carrol e Jason Stanley aos filósofos Francis Wolff e Cyrille Bret, o historiador Marcelo Jasmin, o padre Júlio Lancellotti, a jornalista Flávia Oliveira, a pesquisadora Ivana Bentes, o físico Amit Goswami, o filósofo indígena Ailton Krenak, que esteve na sessão, merecendo um tapete vermelho só pra ele, tal o carinho e a receptividade. Todos deram depoimentos sobre os inúmeros aspectos do medo e sua presença no mundo e, por fim, propuseram uma reflexão crítica.
“Esse meu medo é um medo desorientado, diferente do medo orgânico, aquele que me protege contra o perigo. Esse medo que sinto parece ser um medo fabricado, forjado por alguém, como se o medo tivesse sido institucionalizado”, diz a diretora.
O filme, com direção de fotografia de Maritza Caneca, é produzido pela Inffinito e coproduzido pela Globo Filmes, GloboNews, Canal Brasil e GNT.