O novo curso da terapeuta integrativa Karen Couto, pós-graduada em Gastronomia Funcional e autora do livro “Você pode ser mais feliz comendo”, oferece perder peso sem sofrimento. Parece milagre, mas qualquer ferramenta só funciona se a pessoa souber e quiser usar. No conteúdo, para interessados em jejum, bem-estar, reflexões, práticas saudáveis e o principal, mudanças pessoais, estão soluções para a saúde de uma forma integral, aliando o autoconhecimento com harmonia, um guia máximo do ditado “mente sã, corpo são”. Depois de alguns minutos de conversa com Karen, que mora em Bali, mas com temporadas no Rio, suas falas fazem muito sentido.
Entre as consequências da pandemia, um alerta: recente pesquisa da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em parceria com a organização global de saúde Vital Strategies, sobre o impacto da pandemia nos fatores de risco para as doenças crônicas, foi constatado que os diagnósticos de depressão dos brasileiros acima de 18 anos cresceram 41% nos dois primeiros anos da covid. Entre os deprimidos, houve piora dos hábitos saudáveis, essenciais para uma vida longa com autonomia. As doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por mais de 72% das causas de mortes no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde – entre as mais comuns, hipertensão, diabetes, obesidade e câncer. E qual o antídoto para as doenças crônicas? Vida saudável, claro!
O curso chega por e-mail, e você pode ler onde e quando quiser, neste link: https://hotmart.com/pt-
Com a sua experiência, o emagrecer mudou de “lugar” com os anos? Obviamente, ainda existe uma pressão da sociedade pelos padrões de beleza, porém acredita que isso mudou e que as pessoas procuram ser mais saudáveis do que pensar só na estética?
A estética é a feliz consequência de um corpo saudável. Práticas diárias, fáceis, acessíveis e práticas fazem toda a diferença. O corpo inteligente faz escolhas seletivas naturalmente. Lembre-se: o seu corpo não é lixeira, então procure reduzir a quantidade de “lixo” que você ingere. Vá eliminando, pouco a pouco, relações, hábitos, “alimentos” tóxicos que drenam a sua energia e reduzem o seu potencial.
Existe milagre? Quais as coisas mais absurdas que você já ouviu sobre emagrecimento e estilo de vida? Por que as pessoas acreditam em absurdos?
Nós tendemos a delegar a nossa felicidade. O autoconhecimento é o passaporte para o emagrecimento, para o bem-estar, repleto de energia e disposição. A digestão é a atividade do organismo que mais pode consumir a sua energia. Aprender os sinais de um corpo intoxicado (ler os sintomas que ele nos oferece) é sinônimo de um sistema de defesas em ordem. Milagres, neste caso, não existem — autorresponsabilidade e autocuidado, sim.
Como surgiu o curso? Foi exatamente dessa necessidade que você observa as pessoas estarem com mil informações e não saberem o que fazer?
Na Green School, em Bali, onde ministrei um workshop de práticas regenerativas e nas minhas palestras e atendimentos pessoais, são recorrentes as perguntas: “O que fazer? O que comer?”. Acontece que o ‘pulo do gato’ está em ir eliminando alguns alimentos por um certo prazo (7 dias, por exemplo) e observar como o seu corpo se comporta. Não se trata de montar uma dieta e, sim, para começar, ir retirando alguns alimentos. O que pode ser bom para mim, pode não ser pra você, por mais saudável que seja. Por isso, criei o curso, onde as pessoas encontram afirmações diárias e positivas, exercício de gratidão (alimentos para a alma), perguntas e respostas para praticar o autoamor e se observar, e também jejum e práticas matinais
O que é o principal para a pessoa virar a chavinha e começar a aliar o autoconhecimento com tudo na vida — corpo, mente, trabalho etc?
O prazer. Somos movidos por prazer. Se você decide por algo que a faz se sentir bem, vai querer continuar, para se sentir cada vez melhor. Pratique o que lhe faz bem, o que a(o) deixa mais bela(o) e feliz. Pare de se sabotar. Ser feliz é a chave. Hábitos ruins demoram a morrer, eu sei, mas, conforme você se acostuma a dar menos protagonismo a eles, eles vão perdendo importância, você atrai pensamentos mais positivos com maior clareza. Você passa a gozar a vida. Como diria Albert Einstein “há uma força motriz mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a energia atômica: a vontade”.
O que tem visto neste pós-pandemia de pior e de melhor no sentido do autoconhecimento?
Todas as pessoas que encontro estão mais conscientes. Essa “vibe” de ficar se “estragando” até altas horas, comendo um bando de tranqueiras, se intoxicando sem se movimentar “caiu” em desuso! Eu diria que está ultrapassado, cafona! Pessoas que eu nunca pensei que pudessem estar mais conectadas estão meditando, fazendo escolhas mais inteligentes e conscientes, para o bem delas mesmas (em primeiro lugar), de todos nós e do Planeta.
Você fala de pandemia permanente no curso… O que seria isso?
Cuidar-se passou a ter uma motivação real e fundamental na vida das pessoas! É o que garante o nosso direito de ir e vir, a maravilhosa possibilidade de desfrutarmos da companhia uns dos outros. O sistema imunológico em ordem é sinônimo de liberdade!
Como convencer uma pessoa de que ela pode ser capaz de mudar?
Colocando-a em frente ao espelho, perguntando a ela mesma: “Eu gosto do que vejo, por dentro e por fora?”, “Eu estou satisfeito?” Então, responsabilidade e disciplina! Você é o seu próprio mestre! Você sabe por que eu malho todo dia? Medito quase todo dia? Como bem (e às vezes dou minhas escapadas conscientes?). Porque me sinto bem! Porque me dá prazer me sentir bem e cada vez melhor! Ninguém vai convencer você a fazer o que não quer. Entre tantas porcarias que estão por aí, escolha você – que vale muito!
O mundo está ficando doente, física e mentalmente. O que você sugere?
Focar na cura, focar no que realmente importa: você! Para assim poder compartilhar e desfrutar.
Você fala muito sobre o limão. Qual a sua prática e os benefícios que a fruta lhe trouxe, e se o protocolo é para todos?
O limão tem tantas características benéficas… São várias possibilidades… Eu, por exemplo, curei a minha gastrite com água com limão e algumas outras práticas que estão no curso. Nada é para todos. De novo: é importante a auto-observação, sendo que, em alguns casos, o atendimento pessoal é necessário.
E jejum? Por que as pessoas ainda enxergam essa prática como tabu? É culpa da indústria de alimentos, que precisa ver a gente consumindo exageradamente de um tudo?
Porque muitos têm crenças limitantes com relação ao jejum; as pessoas têm muitas questões emocionais relacionadas à alimentação. O jejum pode trazer muitas revelações e proporcionar uma paz interior através do desapego. É prática e desapego, válido para quase todas as circunstâncias na vida. Comer de 3 em 3 horas, assim como jejuar, não é para todos – temos nossas especificidades biológicas. O que mais me importa é você ter opções, informações de qualidade. “O jejum é o melhor remédio, o médico interior”, parafraseando Paracelso, médico e físico do século XVI.