O secretário de Cultura da Prefeitura do Rio, Marcus Faustini, fez palestra nessa quinta (10/03), na Queen Mary University, uma universidade que sempre mantém parcerias importantes com o Brasil, principalmente com o Rio. O ponto principal foi a questão climática. Uma de suas intenções é fazer uma rede internacional de espaços culturais comprometidos com uma agenda climática anual: “Estamos buscando uma mudança radical da forma como fazer política cultural, e isso inclui a agenda climática. A cultura pensa pouco as cidades. Falta criar experiências e começar a se colocar como escuta, pondo o poder público a serviço das necessidades das pessoas. Não basta apenas fazer política cultural para artistas: uma secretaria de Cultura não pode ser um fundo de investimento em artistas; ela precisa, de alguma forma, ajudar a mudar a cidade.”
Faustini falou ainda sobre recursos para áreas periféricas e favelas cariocas, da democratização de políticas culturais, liderança de mulheres negras e anunciou o “Zonas de Cultura”, um programa que vai injetar, este ano, R$ 1,5 milhão em Madureira, na Zona Norte. O objetivo é transformar o território a partir da cultura. A previsão é ampliar a proposta para os bairros Santa Cruz e Cais do Valongo.
E completa: “Existiu um artista no Rio chamado Selarón, que colocou azulejos numa escadaria na Lapa, durante anos, sozinho. Esse lugar se tornou o segundo ponto turístico carioca mais visitado, perdendo só para o Cristo Redentor. É a escadaria mais fotografada do mundo. Se um artista conseguiu isso, como é que o poder público não consegue transformar uma região?
Na plateia, as jornalistas cariocas Luciana Fróes, Luciana Castello e Ticiana Azevedo.