Sem pensar muito e sabendo muito pouco sobre o assunto, mergulhei na aventura sem saber detalhes. Ao terminar a experiência, saí renovada e com algumas “impressões” para compartilhar com vocês.
— Viajar “light” — ou seja, se possível, livre-se de tudo e todos que estão sendo um peso na sua vida e de emoções que você anda cultivando há tanto tempo, que já se entranharam nos seus tecidos. Vá lá, observe, não as remova e liberte-se! Deixe ir. Fácil? Não. Mas, como tudo na vida, é uma questão de prática regular, muito treino mesmo. É como ir à academia e dar um basta a todo lixo emocional que insiste em colocar você para baixo e que fazem perder o otimismo. As sombras existem, e só estão aí porque existe luz. Por isso mesmo, temos que ser gratas a elas também. Foco na luz e acolhimento às sombras para deixá-las partir.
— Fé! Como diz Gil, não costuma falhar. Não mesmo. Acreditar é o primeiro importante passo para realizar. Nos momentos de angústia, ansiedade, desespero, perdemos conexão com o “Eu maior”, com o nosso amor próprio e incondicional, com nossa força interior. Desacreditamos, especialmente no ser divino que somos, nossas capacidades. Nos sentimos perdidos. Quando falo em fé, me refiro não só à fé religiosa – muitos não a possuem, e tudo bem! Me refiro a crer fielmente em você. Nutrir o sentimento de esperança, agindo em prol de si mesmo, consequentemente, dos demais. Ter a certeza absoluta de que tudo é possível e que você pode manifestar da melhor maneira para si!
— Coragem — uma vez um amigo me perguntou: “Como você viaja sozinha, se joga na vida, muitas das vezes, sem garantia nenhuma?”, ao que refleti por alguns segundos e lhe respondi: “O interesse e a curiosidade por visitar lugares desconhecidos, conhecer pessoas, suas realidades e culturas me encorajam.” O Caminho de Santiago proporciona a especial oportunidade de encontrar e conectar com você mesmo.
— Não contratar agência de viagens porque é totalmente desnecessário – a não ser que você ainda não tenha lido este artigo ou faça questão de conforto e facilidade. De qualquer maneira, jamais contrate a agência “Santiago Ways”: nada confiáveis, péssima qualidade de serviço e mercenários; desculpem, mas preciso “tocar a real” para vocês, evitando que caiam na mesma cilada. O custo da minha viagem foi, no máximo, 270 euros, aproximadamente, e me cobraram mais que o dobro. Tive desagradáveis experiências em dois hotéis, e a equipe da agência, a supervisora inclusive, se recusou a compartilhar qualquer suporte/informação ou prestar auxílio. Vergonhoso, especialmente em se tratando de uma “trip” (literalmente) espiritual, emocional e peregrina como “el camino de Santiago”.
Desejo a vocês, como dizem todos durante o percurso, un “Buen Camino”! — seja qual for o escolhido.
Dicas de restaurantes:
- El Porriño: “Val do Louriña Taperia” – faça reserva, caso contrário podem pedir que coma correndo para liberar a mesa;
- Arcade: Marisqueria Arcade;
- Pontevedra: Casa Romã;
- Caldas de Reis: Cafeteria Termas ou El Roquiño. NÃO DEIXE de colocar os pés no “lava-pés”, público de água termal;
- Padrón: Pulperia Rial
- Santiago de Compostella: Petiscos do Cardeal.
Visite também @karencoutooficial