Foi contado aqui, na coluna, em primeira pessoa, o drama de Marialice Celidônio na tentativa de receber a pensão do INSS deixada pelo chef Zé Hugo Celidônio, com quem foi casada por 55 anos. Uma semana depois da morte do marido, em 02/11/2018, ela entrou com o pedido e, passados meses, recebeu a resposta de que teria sido indeferido: “Alegavam que foi recusada por falta de provas da nossa união, sendo que mandei todos os documentos e também o atestado de União Estável. Nesse meio tempo, tive quatro ou cinco advogados contratados, que não resolveram nada e desistiram. A resposta que davam era sempre a mesma: Está em análise”, diz ela.
Finalmente, o assunto foi para as mãos das advogadas Sandra Pistor e Aline Salema: “Houve uma fraude no INSS, com documentos falsificados, desde carteira de identidade até certidão de casamento do Zé Hugo com outra pessoa. Já conseguimos reverter a partir deste mês de novembro: Marialice já está recebendo. Quanto aos meses passados, ainda estamos resolvendo. Um advogado estava envolvido e, muito provavelmente, pessoas internas do INSS, além de quem emprestou o nome e conta bancária pra receber”, diz Sandra. Ou seja, a viúva verdadeira sem conseguir receber pensão; a falsa, sim.