O mundo está de ponta cabeça, e a percepção (real) dos custos nunca esteve tão alta, já que o trabalho para muitos está escasso. Como lidar? Cuidarmo-nos para, assim, estarmos mais fortes — capazes de enfrentar os desafios com criatividade e energia, para sermos a mudança que desejamos no mundo.
Nascemos perfeitos, com aproximadamente 80% de água no corpo, um coração que pulsa e a incrível capacidade de respirar.
Ser independente é apropriar-se do seu poder pessoal a partir de escolhas inteligentes. A maneira pela qual nos colocamos perante a vida e suas adversidades definem a nossa realidade e influencia diretamente os que estão à nossa volta e o ambiente em que conVIVEMOS.
Menos reclamação e mais ação a começar por nós mesmos. Você paga impostos, mas não vê os seus direitos reconhecidos e respeitados? Os alimentos de qualidade estão uma fortuna? A conta de energia elétrica está pela hora da morte? Então, cuide-se! Com os recursos que você tem à sua disposição e gratuitos.
Já mencionei algumas vezes que o nosso maior ativo é a capacidade de criar a nossa realidade ao percebermos os nossos propósitos e, assim, manifestarmos os nossos verdadeiros sonhos.
Mas como? Basta querer, muito, e dedicar-se; cuidar do seu corpo como o seu templo sagrado pessoal. E desconheço uma forma melhor que a me-di-ta-ção. Ela está a seu dispor, a qualquer hora do dia ou da noite, onde quer que você se encontre em silêncio, ou não. Basta conectar com a sua respiração. O ar entra, o ar sai, você observa e já está em meditação! Ninguém pode impedir você de se conectar consigo mesmo. E isso, sim, é independência, a ser celebrada todos os dias, praticando.
Parece fácil, né? E é mesmo. Mas exige disciplina. E vale a pena. Não sou um exemplo de organização – minha mente é confusa, inquieta, e a rotina me tira do sério. Em um retiro Vipassana — em que você fica, no mínimo, 10 dias em silêncio, meditando 10 horas por dia e, de preferência, sem se mexer por 60 minutos? — pois é… Nessa experiência chamei a monja (raro serem mulheres) para um ‘lero’, já que, para mim, estava sendo humanamente impossível seguir as regras e alcançar o “nirvana”.
Na conversa, ela me perguntou: “Mas quem disse que você precisa meditar como todos os outros? Somos todos diferentes e existem milhares (literalmente) de técnicas de meditação. Seguramente, para você, eu aconselho a meditação ativa”. Nunca foi tão libertador conversar com um monge. Hoje posso assegurar que medito na fila do mercado, banco, no trabalho e até na ginástica – e garanto que melhorei meu desempenho em todas essas atividades. Ao focar na minha respiração, trago, automaticamente, a minha presença para o momento presente e sofro menos incômodo do que sentia por tudo e todos à minha volta. É como criar uma camada de proteção imaginária, na qual experimento os resultados positivos ao longo de todo o dia.
Eu poderia sugerir infinitas técnicas, mas é muito pessoal; cada um tem uma que se adapta melhor ao seu temperamento e estilo de vida. Não sou Guru (professora) nem me proponho a ser. No entanto, sinto-me na obrigação de compartilhar que, a cada dia, vivencio inúmeros benefícios. Procure o seu método e use e abuse da sua respiração, que está 100% a seu dispor. Proclame sua independência e desfrute!
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Mais detalhes sobre meditação, no trecho abaixo, do livro “Você Pode Ser Mais Feliz Comendo”, no capítulo sobre “Alimentos para a Alma: ‘Eu fecho meus olhos para poder ver’ (Paul Gauguin)”.
“A Nutrição do corpo físico, mental, espiritual e emocional é determinante na disposição, nas emoções, na capacidade mental e física e no desempenho das práticas de meditações. Assim, os alimentos podem influenciar positiva ou negativamente as práticas de meditação – sua incompatibilidade, a quantidade indevida e nos momentos inapropriados podem ser desfavoráveis, causando indisposição, irritação, impaciência, agitação, preguiça, fadiga e muitos outros sintomas.
O ideal é se alimentar das 12 às 20 horas – horário da digestão, quando o corpo está desperto e ativo. No período da assimilação e da absorção, entre 20 e 4 horas, devemos priorizar o descanso e o jejum. Já de 4 às 12 horas, quando o corpo se ocupa dos processos de eliminação e limpeza, devemos consumir bastante água, alimentos leves e bioativos – como frutas frescas e secas, sucos de frutas e vegetais, frutos secos, lanches saudáveis (de vegetais crus, por exemplo) e outros, ajudando corpo e mente a eliminarem toxinas e resíduos. (…)
A prática da meditação
A meditação, meditare em latim, significa voltar-se para o centro. Estar conectado com a nossa natureza interna e presente na presença sem esforço, com a intenção de pacificar e de silenciar a mente, estimulando o reconhecimento do próprio Ser – legítimo estado de plenitude. Por meio da prática regular da meditação – comprovadamente transformadora, reveladora e efetiva, as preocupações, críticas e problemas perdem espaço naturalmente, cedendo lugar ao entusiasmo e à serenidade que nos proporcionam o verdadeiro bem-estar.
Ela promove o autoconhecimento, um mergulho dentro de si e na própria essência. Incentiva também o reconhecimento e o contato com a nossa divindade interior, além da dissolução do sentimento de separação e de alguns padrões repetitivos de comportamento. Os sentimentos de quietude e plenitude, que permitem a conexão com o coração, nos libertam das perturbações, julgamentos e imposições mentais, viabilizando a descoberta do nosso autêntico potencial e das nossas infinitas possibilidades. Passamos a enxergar como observadores e a presenciar como testemunhas, integralmente. Lembramos que estamos em unidade e que somos um com o universo.
No entanto, a mente não é uma máquina com botão de liga e desliga, quem dera assim fosse. Por mais que os fatores externos pareçam nos agradar e preencher, é impossível gozarmos de contentamento e de felicidade plenos se a mente e o corpo estão agitados e em desarmonia.
A prática diária da meditação, onde quer que você esteja e de preferência duas vezes ao dia, mesmo que por pouco tempo – de 10 a 15 minutos de manhã, à tarde e/ ou à noite –, é uma forte aliada contra a ansiedade e a agressividade. As vibrações do corpo e da mente entram em sintonia, criando equilíbrio. As situações desagradáveis ou de conflito, caso ocorram, serão encaradas de forma natural, com suavidade. Isso porque o equilíbrio pessoal não será afetado (ou será pouco alterado, apenas). Os pensamentos negativos, a raiva e os sintomas depressivos ficam cada vez menos frequentes. A mente estará mais acostumada a enfrentar momentos duros e adversos com naturalidade. É surpreendente como algo tão simples pode influenciar tão positivamente. A vulnerabilidade e a instabilidade, provocadas muitas vezes por circunstâncias externas e alheias à nossa vontade, continuarão existindo. Mas não estaremos tão à mercê dessas situações. (…)”.
De Yogi Bhajan (guru de ioga e professor espiritual):“Três minutos de meditação afetam o campo eletromagnético; 11 minutos mudam o sistema glandular; 31 minutos permitem aos fluidos do sistema glandular alcançar todas as células do corpo; 62 minutos transformam a matéria cinza do cérebro; 2,5 horas transformam as células e os tecidos do corpo e reconstroem todo o sistema. A pessoa se reconstitui como se tivesse estado no útero.”