Quando entramos num ambiente, a sensação de bem ou mal-estar é instantânea. Nossa matriz de pensamento gravou imagens, cheiros etc. ao longo da nossa vida, o que é acionado quando estamos em determinado lugar. Existem, naturalmente, as especificidades e o gosto de cada um, entretanto existe um denominador comum em todos nós que nos faz sentir bem ou mal em alguns espaços.
O mercado imobiliário e os corretores de imóveis são focados em detectar esse olhar comum que faz os clientes se sentirem acolhidos, e, a cada geração, isso muda. Com a pandemia, a casa é outra, temos novas necessidades, o estilo de vida mudou. O que o mercado imobiliário nos mostra é que o próprio conceito da casa se adaptou.
Listamos algumas necessidades de hoje, para vender um imóvel:
— materiais de revestimentos claros;
— luminosidade;
— cozinha integrada;
— suítes;
— lugar para escritório (integrado ou não);
— varanda (o item mais procurado).
O que não é mais necessário:
— quarto de serviço e entrada (hall) de serviço.
O que mais atrai hoje, em dia, é a possibilidade de integração com o ambiente externo, a natureza: uma pequena varanda, uma vista, a proximidade com um parque, a praia ou uma rua arborizada.
Perguntamos à profissional de marketing Ana Beatriz Bomeny, 22 anos, carioca, que estudou na Inglaterra e hoje mora em São Paulo, o que lhe agrada num novo ambiente. “Para mim, o importante é o silêncio, uma rua tranquila e com árvores. Internamente busco sempre um local com revestimentos claros, pisos claros e fáceis de lavar e manter. Muita luz e ventilação natural porque gosto de deixar as janelas abertas quando estou em casa. Gosto de móveis claros feitos por novos designers. A casa limpa e cheirosa me acolhe e me faz sentir bem. A minha casa tem a memória da minha infância, de banho de perfume em um ambiente claro, cheio de luz natural, que me abraça e me acolhe. Jamais optei por morar numa casa escura, com decoração em tons escuros e em um lugar barulhento só porque é badalado.”