Uma parada de Eduardo Paes, como aconteceu num bar do Centro, fosse em qualquer lugar do Rio, sendo ele prefeito, certamente vai gerar alguma aglomeração, mas bem diferente das proporcionadas e intencionais do governador Cláudio Castro, ou do que faz o Presidente Bolsonaro, por exemplo.
Primeiramente, porque, pela lei, a vida carioca já voltou a flexibilizar ou liberar quase tudo, incluindo bares e restaurantes, ou seja, estaria dentro das normas da convivência. Espera-se tenha ficado uma lição para Paes; na verdade, três lições, além do desgaste energético: sobre aglomerações voluntárias (ele esqueceu que é prefeito?), sobre a vida ser praticamente um Big Brother (ele esqueceu que filmam tudo?) e, por fim, sobre impostação de voz (neste caso, ele esqueceu o quê?), já que gosta tanto de cantar e é tão amado pelos sambistas — por que não aprende? Rs!
Aqui está parte do longo pedido de desculpas de Eduardo Paes:
“Errei e me desculpo. Recebi um convite há cerca de um mês do chefe Pedro Artagão para gravar um programa que ele está fazendo sobre a gastronomia de diferentes bairros do Rio. Obviamente, ver o prefeito da cidade cantando em um bar é um fato que por si só gera alguma aglomeração que é tudo que não se deve fazer nesse momento. Além disso retirei minha máscara por algum tempo enquanto cantava. Me desculpo com a população por esse gesto. O coronavirus é uma doença grave (estou vendo isso muito de perto) e estamos longe do fim da pandemia. Respeitar as restrições colocadas pela prefeitura é essencial para continuarmos avançando no combate a doença. É possível e devemos frequentar nossos bares e restaurantes mas sempre com os limites colocados. Me desculpo por minha atitude e deixo bem claro aqui que não me inibirei em continuar estabelecendo as medidas necessárias para enfrentar essa doença. Os negacionistas de plantão que não se animem com meu erro.”
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