Morreu, neste sábado (13/03), a ex-miss Brasil Therezinha Morango Pittigliani, aos 84 anos, de parada cardíaca; precisou ser operada do fêmur, depois de uma queda em casa. Coroada Miss Brasil em 1957, época em que esse tipo de título tinha muito significado, por pouco, não ficou também com o de Miss Universo: foi vice, depois da peruana Gladys Zender.
Por ser um concurso de visibilidade internacional, a amazonense Therezinha estava entre as maiores celebridades da década de 1950. Com a agenda cheia, ela rodou o Brasil e parou no Rio, onde foi capa de várias revistas e onde conheceu o empresário Alberto Pittigliani (1918-2003), com quem se casou no ano seguinte, para a vida inteira.
O casal morou num dos mais lindos apartamentos do Rio, na Av. Delfim Moreira, num prédio construído por Roberto Andrade, da Andrade Gutierrez e mais três amigos, entre eles Alberto, Newton Rique e um irmão, só pra eles. O marido teve variados negócios: ex-presidente da Philips, fábrica de titânio, importação e exportação de lâmpadas etc. Foi ele também quem lançou o Campari no Brasil.
O casal passava longas temporadas tanto na Europa, principalmente em Paris, no Plaza Athénée, quanto em Nova York, onde tinha apartamento. “Therezinha foi a mulher mais bonita que vi na minha vida, generosa, amiga, sempre mantendo a união da família antes de tudo. Teve uma vida gloriosa, foi uma mulher muito feliz. No momento da morte, não sofreu”, diz o cerimonialista Ricardo Stambowsky, marido de Sueli, filha do primeiro casamento de Alberto Pittigliani, com Augusta Belleti.
Therezinha teve dois filhos, Alberto e Andrea, e uma neta, Bárbara, além de uma relação afetuosa com o genro Isaac Berensztein e a nora Luciana Pittigliani.
Therezinha, que nasceu na Fazenda Canavial, no interior do Amazonas, conquistou o Brasil em sua época e, com o marido, formou um casal do mundo.