Mães e pais reclamam que as crianças não dormem. As crianças querem ver o mundo, sentir o que está acontecendo. Reclamações dos primeiros; choro e ranger de dentes dos segundos. É manhã, dizem uns; desassossego, dizem outros. E os mitos que rodeiam a infância tentam, na fantasia, resolver esse impasse. Essa mágica é a base de “MAKURU — Um musical de ninar”, espetáculo infantil que leva a assinatura de Tim Rescala e José Mauro Brant, no Espaço Furnas Cultural, com entrada franca.
Música ao vivo, canto, dança, gente de verdade, bonecos, personagens folclóricos foi o caminho escolhido para criar um espetáculo de encantamento. Com canções originais, ao mesmo tempo eruditas e populares, fazem com que a história cresça equilibradamente, com cenas da família, e o bebê com dificuldades de sono e os seres mágicos que observam enquanto moram no telhado.
“O Makuru veio da vontade de retomar o que era essencial para mim, que estava ligado à minha história toda de vida; apesar de falar das cantigas de ninar, ele se liberta desse tema. Por que as pessoas têm medo desses elementos de cultura popular? Por que eles despertam tantas paixões e há tanto tempo?” Então, tem esse olhar para frente, para que as pessoas pensem e se conciliem com esse material porque ele faz parte da nossa identidade”, diz José Mauro Brant, autor e diretor.
No cenário expressivo e com figurinos expressivos e totalmente adequados, o elenco, extremamente competente, formado por Ester Elias, Janaína Azevedo, José Mauro Brant e Ester Freitas, que se revezam nos papéis do mundo real e nos do mundo mágico. A fantasia e as cores ajudam a fazer com que crianças e adultos compreendam que as lendas ainda possuem um papel fundamental para nos ajudar a entender o mundo e que a fantasia ainda nos é fundamental.
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