O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, deu entrevista à Globonews antes do encontro com Bolsonaro, nesta quarta-feira (10/02), para pedir ao presidente veto do trecho da medida provisória que prevê prazo de cinco dias para aprovação de uso emergencial de vacinas contra a Covid-19.
Não passa despercebido a ninguém o, digamos, estilo de comunicação do médico e almirante: formal, travado, rígido. O que tal postura pode significar? “A forma esconde o conteúdo, visa não dizer com clareza; em outras palavras, a formalidade implica distância. Em latim, temos o ditado: Si monumenti requiere circunspitia (A formalidade gera temor reverencial)”, diz um psiquiatra consultado.
A nós, cidadãos, resta-nos torcer que, no trabalho que executa frente a uma equipe, tão importante para o Brasil, Barra Torres tenha postura mais humana frente à que costuma ter com jornalistas — parece identificar-se mais com um sargento do que um médico. Um líder (neste momento, ele não deixa de ser já que a Anvisa virou o centro da nossa vida) precisa demonstrar equilíbrio e serenidade ao invés de transmitir medo.