O Brasil registrou, nesse domingo (10/01), 483 mortes e 29.153 casos por Covid-19 em 24 horas. A média móvel de mortes ficou em 1.016, a maior desde agosto; com isso, já são 203.140 vidas perdidas e 8.104.823 pessoas infectadas. Perguntada, Margareth Dalcolmo, pneumologista e pesquisadora da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), respondeu: “Teremos o mais triste janeiro de nossas vidas com o recrudescimento importante da epidemia em várias capitais, em vários estados. A segunda onda se materializou, não há dúvida. Providências poderiam ter sido tomadas antes.”
Ou seja, a conta das inúmeras festas clandestinas e aglomerações sem fim chegou. A única esperança é a vacina: “Nós nos encontramos num momento muito importante com essa possibilidade bastante próxima de termos as vacinas estudadas e produzidas no Brasil pra iniciar a imunização de acordo com o cronograma no Ministério da Saúde. Quem vai dar realmente respostas para a pandemia são as duas grandes instituições públicas brasileiras: a Fiocruz e o Instituto Butantan, na medida em que ambos têm capacidade para produzir milhões de vacinas”, lembrando que o Brasil tem tido um bom protagonismo no sentido de ter propiciado os estudos da fase 3.
Na última semana, inclusive, foi provado que a Coronavac conseguiu diminuir em 78% os casos leves de Covid-19 e reduzir em 100% os quadros moderados, graves e as internações.
No sábado (09/01), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que o pedido entregue pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para autorização emergencial da vacina de Oxford traz os “documentos preliminares e essenciais para a avaliação detalhada da Agência”, mas a Anvisa pediu mais informações ao Butantan, que desenvolve o imunizante em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Também, no sábado, o Ministério da Saúde informou que a vacinação deve acontecer simultaneamente, em todo o País.