A venda de livros, que sofreu um certo baque em março/abril, vem crescendo na pandemia, tanto nos livreiros tradicionais quanto nos informais. Ronaldo (Cabral da Silva, sobrenome que ninguém sabe), por exemplo, tem zero queixa quanto ao momento: “Vendo igual ou mais que o ano passado”, diz ele, que jamais comprou um só exemplar: todos ganhos nesses quase 18 anos anos ali na esquina de Ataulfo de Paiva com General Urquiza, no Leblon, onde conhece todo mundo pelo nome, e tem verdadeiros amigos.
A paixão pelos livros foi herdada do pai, João Vieira, que exercia o mesmo ofício, apesar de analfabeto. Ronaldo vive de livros e ama o que faz: “Nesses quase 18 anos na profissão, pago pensão, pago funcionário, pago aluguel, já comprei carro, já construí casa, tudo com dinheiro de livro”. E olha que ele nem é, assim, um grande leitor: “Só gosto de ler autoajuda.” Para doações: (21) 96860-9905.