Sobre o incrível assalto com poderoso armamento, 10 carros e 30 participantes, em Criciúma, nessa terça (01/12), a Polícia Militar de Santa Catarina prendeu as quatro pessoas que recolheram o dinheiro espalhado na rua, somando em volta de R$ 810 mil. Sobre os criminosos de fato, nem sinal.
Aqueles que viram as cédulas voando pra lá e pra cá, no meio do asfalto, ali no sobressalto, no calor do momento, talvez pobres, famintos, miseráveis podem sofrer pena longa — não duvide se mais dura que a dos bandidos padrão internacional, autores da ação cinematográfica. Se pegos, podem até contratar um bom advogado.
Aos pedestres não será dada chance mesmo depois da consciência de que fizeram aquilo que não deveria ser feito? O governador Carlos Moisés (PSL) ou o delegado Anselmo Cruz, da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais), caso não ocupassem altos postos, muito bem pagos, antes, durante e depois da pandemia, teriam tido conduta diferente com aquelas notas sambando em volta deles? Esse é o retrato do Brasil, bandidos e políticos sempre cometem crimes graves e escapam. O pequeno e infantil sempre se dá mal.