Ouvimos a opinião da pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margaret Dalcolmo sobre a interrupção do estudo clínico da vacina CoronaVac (desenvolvida pelo Instituto Butantan e pelo laboratório chinês Sinovac Biotech), causado pela morte de um voluntário, sendo depois esclarecido ter sido suicídio, ou seja, nada a ver com a vacina em si.
O que levou o presidente Bolsonaro a declarar: “Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Dória queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O Presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”.
A médica respondeu: “Com o fato científico não tem mistério. Provavelmente ficará interrompido alguns dias e deve voltar. Outra coisa é o fato político, tudo muito infeliz. Isso é muito triste, nos constrange como médicos, como pesquisadores. Sem falar que o que está acontecendo cria uma desconfiança enorme nas pessoas. Minha expectativa é que isso se esclareça rapidamente e que a fase três possa ser concluída, pois estava indo muito bem.”
E completa: “O que todos deveriam estar fazendo era lamentar a morte de um jovem de 33 anos que deu fim à própria vida, mas que nada tem a ver com a vacina.”