Sempre entrevistamos todos os candidatos. Para as eleições deste ano, resolvemos esperar o segundo turno. Conversamos com Eduardo Paes (DEM), nesse pingue-pongue, às vésperas da eleição para a Prefeitura do Rio, tendo como adversário o atual prefeito, Marcelo Crivella.
Em pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (28/11), tudo diz que Paes pode voltar ao posto que já ocupou entre 2009 e 2017, com uma vantagem de 68% das intenções de votos contra 32% de Crivella. A pesquisa exclui brancos, nulos e abstenções, com margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou menos.
A corrida eleitoral tem estado calma até porque vivemos uma pandemia, com ânimos exaltados apenas nas campanhas de TV e troca de ofensas nas redes sociais e nos debates: “Acordo cedo, durmo tarde, trabalho de domingo a domingo”, diz Eduardo, que já teve a Covid-19 em maio e demonstra fôlego triplicado.
UMA LOUCURA: O réveillon e o carnaval do Rio, que são de enlouquecer qualquer um por sua beleza, alegria, diversidade e paz. Não há nada comparável no mundo com o espetáculo que os cariocas conseguem realizar e usufruir. Falei em entrevista a sua coluna que sou uma pessoa que mostrou dedicação e trabalho, que não acertou em tudo, nem estou dizendo que sou perfeito, mas trabalhei muito, fiz muito, e acho que é muito mais o caso de olhar para a frente. Acho que será um governo de muito mais botar para funcionar as coisas e devolver ao Rio a capacidade de ter perspectiva de futuro.
UMA ROUBADA: A atual administração da Prefeitura do Rio. Infelizmente, todos os cariocas sofrem por causa de um sujeito despreparado e que não tem competência para ocupar o cargo de prefeito da cidade mais maravilhosa do mundo.
UMA IDEIA FIXA: Viver em um Rio melhor para os cariocas. Fazer com que a cidade volte a crescer, a dar certo e devolver aos cariocas a esperança de um futuro melhor.
UM PORRE: Só de felicidade com a minha Portela, campeã do carnaval. O sentimento é indescritível e, espero, caso seja eleito, que ela finalmente vença um título comigo no cargo de prefeito.
UMA FRUSTRAÇÃO: Ver atualmente a cidade do Rio largada e abandonada à própria sorte. Isso não só é frustrante como também machuca qualquer um que realmente ama o Rio.
UM APAGÃO: Tem algum prefeito no comando do Rio? Com certeza, não. O Crivella ultrapassou todos os limites da incompetência e da má gestão.
UMA SÍNDROME: Por causa da pandemia: síndrome de abstinência das rodas de samba, dos encontros com amigos nos bares e de poder aproveitar o Rio em toda a sua plenitude.
UM MEDO: De não estar presente se a minha família precisar de mim. Esse é o maior temor de todos em relação àqueles que amamos.
UM DEFEITO: Meus adversários podem apontar, desde que eles não mintam.
UM DESPRAZER: Ver meu Vascão perder, mas vamos lá; vamos virar, Vasco!
UM INSUCESSO: Não conseguir me dedicar a um esporte com regularidade. Gosto muito de pedalar, mas os diversos compromissos, por vezes, me impedem de fazê-lo.
UM IMPULSO: Querer realizar sempre mais. E essa motivação, esse desejo que me impulsiona a fazer sempre mais e melhor. Vejo essa candidatura como missão – não quero ver minha cidade morrendo. A população carioca já brincou e testou demais em 2016 e 2018. Chega! Então quero ter a honra de governar de novo nossa cidade.
UMA PARANOIA: Comer doces de ovos. Uma verdadeira paranoia delirante.