A Missa de Sétimo Dia de Theophilo de Azeredo Santos, de 90 anos, ex-presidente do IAB (Instituto dos Advogados Brasileiros), ex-presidente da Febraban, ex-presidente do Sindicato dos Bancos, ex-presidente do Comitê Brasileiro da Câmara de Comércio Internacional, dentre tantos outros postos, nesse sábado (17/10), valeu certas reflexões entre algumas amigas de sua filha, a historiadora e relações-públicas Amelinha Azeredo, em conversa à porta da igreja São José da Lagoa.
Falaram sobre ética, classe, sabedoria, que mais fazem parte do passado na vida brasileira, enquanto uma delas lembrava a frase que seu filho Theophilo acabara de ler, entre as lembranças: “A Educação é prioridade para um país se desenvolver” (pouca gente parece saber disso). Recapitulou que seu pai foi professor de Direito em importantes universidades, como UFRJ, UERJ, PUC, Estácio, Candido Mendes, autor de 18 livros; tinha um currículo de mais de 100 páginas e era dono de uma biblioteca com mais de 3 mil livros (todos lidos, que fique claro). Talvez tenha vindo daí seu maior prazer na vida: ensinar. Sempre sereno, não perdia a oportunidade de afirmar que ser correto é obrigação.
Entre seus méritos, digamos assim, estava ainda o talento para o vôlei de praia — ao fazer dupla com um novo atleta, dizia: “Não raciocina, meu filho; só corta”. Além de tantas lembranças, esse botafoguense, tão apaixonado pelo seu clube quanto pela cachorra Sissi, deixou ainda aquilo que tanto a viúva Amélia, os três filhos (além de Amelinha, Theophilo (economista) e Rodrigo (embaixador, que está saindo de Teerã e assumindo o posto na Dinamarca, no próximo mês), quanto os cinco netos talvez saibam de cor: “Agradeça diariamente a Deus pelo dom da vida, pratique o bem, não fale mal dos outros, saiba perdoar” — os principais ensinamentos desse mineiro de Arcos, louco pelo Rio, vitorioso por si na cidade carioca e no Brasil.