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O foie gras, patê feito de fígado de ganso ou pato, é assunto mais uma vez. A venda vai ser proibida em Nova York, a partir de 2022, em lei aprovada no fim do mês passado, segundo o “The New York Times”. Cerca de mil restaurantes da cidade têm algum prato com o foie gras no cardápio.
No Rio, não chega a isso, mas é muito consumido. Ativistas consideram que a produção da iguaria desrespeita os direitos dos animais, que são alimentados de maneira forçada, com um tubo enfiado diretamente na garganta, para que fiquem gordos, num processo conhecido como “gavage”, com objetivo de aumentar o fígado do animal em até 10 vezes do seu tamanho normal. Ouvimos dois personagens ligados à gastronomia:
Danio Braga, diretor de operação gastronômica do grupo Fasano: “O foie gras existe desde os tempos romanos e faz parte da cultura gastronômica; além disso, todos devem ter o direito de escolha. Todos os animais sofrem quando são abatidos. Quanto mais uma coisa é proibida, mais as pessoas vão atrás; cada um tem a sua consciência. Os americanos são radicais em tudo. Se não tem foie gras em NY, não vou mais pra lá. No Rio, o consumo é alto, e não percebi a diminuição.”
Morena Leite, chef e proprietária do Capim Santo: “Acredito na energia da comida e não acho que o foie gras seja uma energia boa, pelo sofrimento dos animais. E nunca foi uma coisa com a qual eu tenha me conectado. Não uso e não consumo, nem quando eu morava na França; por isso, seria difícil cozinhar com algo que não consumo. Não acho que seja uma prática legal e nunca fez parte do meu mundo.”