“Não dá para se referir à Marina só como cantora; isso seria diminuí-la. Ela representa um grito de liberdade. Marina deu voz às mulheres e fez muita gente gozar”, frase do figurinista Cao Albuquerque sobre a amiga Marina Lima – pode existir melhor definição? A frase foi desse sábado (19/10), na sessão de “Uma Garota Chamada Marina”, no Planetário da Gávea, documentário dirigido por Candé Salles e produzido por Leticia Monte e Lula Buarque de Hollanda, com passagens da vida pessoal e do trabalho da artista, que já passou pela vida de muitos.
O diretor registrou recortes da intimidade da ex-namorada e amiga no Rio, São Paulo, Porto Alegre e Berlim (Alemanha). O resultado é um filme intimista, com muitas revelações: “Inexplicavelmente, em todo esse tempo de carreira, ela só tem um único DVD. Com esse projeto quis, além de homenagear, revelar o que pensa e mostrar quem é esta artista de perto”, diz Candé. Enquanto isso, Marina, com o parceiro musical e irmão, o poeta Antonio Cícero, apareceu num astral, figurino e postura bem cariocas, por mais que esteja vivendo em São Paulo: “Esse filme é dedicado aos ‘grunkies’, que é como chamo os alternativos, os loucos mesmo. É uma tribo de gente que pensa igual, tem muito talento, mas não quer se enquadrar: quer ser livre. Essa é a minha turma”, disse a cantora, de 63, carinha de 43 e corpinho de 33.
Por assuntos técnicos, a estreia foi transferida para 25 de novembro, no Net Gávea, às 21h. Em breve, o doc estreia no Canal Curta, e em 26 de novembro, chega aos cinemas do País.