Balançar deixou de ser uma atividade só para crianças em parques ou nos espaços de diversão; ganhou espaço dentro de casa. É também usado por adultos, que conversam e se divertem ao mesmo tempo, aproveitando o movimento lúdico, relaxante e poético.
O balanço existe há milênios e em quase todas as culturas. Surgiu quase junto às primeiras civilizações e já foi feito de galho de árvore, cipós e cordas, mas a versão mais antiga e versátil é usada até hoje, a rede.
Hoje, porém, aprendemos a dar valor e construir objetos simples, naturais e com materiais e design sofisticado. A experiência pessoal, junto com a memória afetiva, resgatou o balanço para os dias atuais com tudo! A forma do balanço é muito convidativa. O processo construtivo, através do trabalho biográfico de incríveis designers, trouxe para o mercado lindos exemplos.
Hoje, nossa forma de existir, nossas questões pessoais são muito valorizadas, o que, há alguns anos, era quase deselegante; portanto, se o balanço faz parte da sua memória afetiva, coloque-o dentro de casa. Você vai amar! O importante é ter um raio livre de 1 a 1,5 metros para que ele possa se movimentar sem derrubar nada.
Perguntei a três pessoas que respiram arte, cultura e sofisticação, também conscientes do novo mercado da casa, do seu uso e suas expectativas.
O que é para você ter um balanço dentro de casa?
João Caetano é dono de lojas de decoração, representa o melhor do design brasileiro, vive e respira as demandas desse novo e consciente consumidor. “O balanço, além de nos brindar com uma memória afetiva, traz um despojamento na decoração contemporânea”.
Fernanda Basto sempre adorou moda, arte, casa elegante e sofisticada, ama receber e sua casa traduz seu estilo. “Para mim, o balanço é como um berço que acolhe e traz conforto! O meu “balanço” é a poltrona na minha sala de TV, onde leio e também assisto à TV”.
A artista plástica Marie Mercier Farha, que mora em Londres com seu marido e filho, sempre olhou a moda, arte e design com a mesma curiosidade cuidado e paixão. Ela faz questão de levar para dentro de casa — e do seu trabalho — esse mesmo amor. “Acho que, num mundo onde a formalidade ficou menos rígida, o balanço é o complemento perfeito em uma sala. Queremos mais emoção, brincadeira, convivialidade, e o balanço une tudo isso”.