Agradeço à minha mãe a paixão pela música, pela dança e pelas atividades físicas. Fui ginasta olímpica, bailarina clássica profissional e sempre ligadíssima em esportes. A grande parada na minha adolescência era a ginástica localizada, a aula do Manel, do César, Equipe Um. Sabe como é, brasileira e karenhoquíssima que sou, era viciada nas séries de exercícios de repetição com pesos, caneleiras e afins, que imprimiam corpo malhado com bela forma.
Maravilhoso, mas, para o meu estilo de vida impermanente, muitas vezes em trânsito por conta das viagens, a solução foi utilizar a respiração, a consciência e o peso corporal a meu favor. E encontrar alguma prática dinâmica que eu pudesse praticar onde estivesse. Na ginástica natural, no circuito na praia e na yoga, consegui reunir todos esses fatores. Eficiência na simplicidade e foco na transição dos movimentos onde a mente tagarela perde espaço para a energia da presença (hoje, como um presente), que ocorre naturalmente. Dinâmico, divertido e prazeroso.
A fluidez, a qualidade e a intensidade do fluxo dessa energia, tanto nas atividades físicas como em tudo na vida, fazem toda a diferença. As combinações são infinitas nos mantras, nas músicas e nessas práticas também. Respiração, trabalho simultâneo de força, coordenação, mobilidade, flexibilidade, postura e cárdio, independentemente de idade e do condicionamento físico, pois é adaptável e só tende a aumentar gradualmente, de acordo com a regularidade.
Agora preciso partir para o meu circuito diário na praia, em contato com a natureza; na sequência, prática de Ginástica Natural com meu treinador, Beto Saboya. Um luxo poder contar, de vez em quando, com o acompanhamento dos mestres, “gurus”, como são chamados aqui, no Oriente. A maior desculpa para você não fazer algo para se sentir melhor é a falta de vontade. Talvez o desafio de experimentar algo novo seja um bom estímulo e, sem dúvida, enriquecedor.
Você concorda?