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A cada temporal, como o dessa segunda-feira (08/04), muitos moradores da Rua Pompeu Loureiro, em Copacabana, defensores do assacu, só comprovam que ela nunca esteve em perigo de queda, como alguns argumentam. A árvore faz parte da lista de Árvores Notáveis da Cidade e, há algum tempo, quase foi derrubada pela Comlurb, quando vários moradores viram e fizeram um escândalo, indo parar na delegacia.
Corre o processo número 0105611-08.2013.8.19. 0001 na Justiça, aberto desde 2013, atualmente sob os cuidados do advogado Vivaldo Dantas, iniciado por um dos “assacuzeiros”, com a intenção de salvar a árvore, foi conseguido uma liminar. Há poucas semanas, saiu uma sentença dando ganho de causa à permanência da árvore. Tudo começou depois de um ex-síndico do prédio número 94 ter tido a intenção de derrubá-la sob a alegação de que as raízes estariam atingindo a garagem. “Queremos proteger a árvore contra a Prefeitura, Parques e Jardins e Comlurb. O síndico inventou que estava ameaçando o prédio, que é recuado em 16m, ou seja, não tem nada a ver. A raiz atinge uma garagem puxadinho, construída ilegalmente”, diz outra defensora.
A árvore, cada vez mais bonita, parece protegida não só por um decreto desde 2006 (como mostra a foto), como também pela natureza. O representante comercial Otto Schuback, da família dona do terreno onde o assacu foi plantado, registrou em cartório que ela só poderia ser derrubada depois da sua morte. Ele morreu em 1968 e há quem ache que Otto segue preservando a cria de onde estiver. O nome assacu vem do efeito laxante violento das sementes. Só pra lembrar, os temporais vêm levando inúmeras árvores mal podadas e malcuidadas no Rio.