Segundo o escritor Yuval Noah Harari, caminhamos para nos tornarmos seres humanos imortais. Exagero ou não, com certeza, hoje temos uma vida mais saudável e operacional e, com isso, mais longa. No livro “Homo Deus”, Harari descreve as grandes mudanças filosóficas e sociais desse novo padrão de vida. Com mais tempo para viver, tudo vai transformar-se, inclusive a arquitetura e o morar. É a longevidade como elemento transformador. Apesar de o tempo não ser o regulador de uma vida ativa, sabemos que a idade modifica certos padrões físicos. Se as dificuldades físicas diminuírem, ainda assim, a longevidade vai mudar comportamentos e gerar maior tempo de lazer. Portanto, a casa da terceira idade é uma realidade a ser pensada e discutida.
No entanto temos que ter um olhar crítico sobre o que um novo padrão de comportamento sugere. A tecnologia será fundamental e pode, com certeza, cooperar e facilitar o cotidiano da terceira idade. A casa do futuro terá os assistentes virtuais, que crescem cada vez mais no mercado, como comando de voz, reconhecimento facial, de sotaques etc., para uma interação inteligente e capaz.
O design e a ergonometria também vão adaptar-se a essa nova realidade. A casa vai desempenhar vários papéis e acumulará mais funções. A vida da terceira idade promete ser longa e de qualidade. Além de tudo, uma sociedade onde o bem-estar prevalece reverte qualquer situação de desigualdade.