Morreu, na tarde desta terça-feira (15/01), no Pró-cardíaco, Gisella Amaral, personagem carioca, querida em todas as gerações, nome presente em eventos sociais de qualquer tipo: desde os da tradicional sociedade até os de cunho social de fato, ou seja, os beneficentes, onde era ouvida, querida, admirada. De certo tempo pra cá, ela vivia às voltas com um câncer, que se multiplicou, tendo declarado ao site, em 2016, que estava com cinco tipos da doença. Lutava com todas as possibilidades, com força inacreditável, tendo dito à época: “Já passei por quatro cânceres de mama e consegui vencê-los. Vou sobreviver”.
Já bem fragilizada, estava internada desde sábado (12/01), no hospital Pró-Cardíaco. A descoberta não foi a primeira vez que Gisella, de 78 anos, sempre casada com o empresário Ricardo Amaral, demonstrou garra: aos 41 anos, sofreu uma queda de cavalo e acordou do coma sem reconhecer as pessoas, tendo que reaprender a falar, com a mesma energia, otimismo e fé. Era sempre adepta de figurinos diferentes e bijuterias exóticas, evitando joias, mesmo depois de doente.
Depois de uma das internações, comentou: “Teve um momento no hospital em que eu estava saindo da vida, e sei que isso seria a minha passagem. Cheguei a ver véus pretos flutuantes e, entre eles, um rosto muito tranquilo. Achei que fosse Nossa Senhora; me senti realmente flutuando. Percebi, nessa hora, que morrer não é ruim ou desesperador. Estava desfalecida, sem energia pra falar. Num ímpeto de vida, eu disse: ‘Não quero ir, não quero ir’, surpreendendo meus filhos e minha nora. Não fui. Nessa hora, desapareceram os véus, e eu estou aqui.” Disse ainda: “No meu coração, tenho uma obrigação, que é ajudar os outros e dar a mão – tenho essa missão. Sou formada em Enfermagem e Jornalismo – especializar-me mais, para servir melhor”. E assim partiu Gisella, deixando o Rio de luto, sempre a afirmar que é preciso ser positivo na vida. Era o símbolo do bem-querer!