A água sempre nos fascinou. Ao longo da história, teve a importante missão de garantir a vida; hoje, água representa tudo isso e mais o seu riquíssimo aspecto estético. Podemos dar-nos o luxo de conter a água nas mais diversas situações, dentro ou fora de casa – usar um espaço com água pode ser possível. Numa escala maior, um lago externo que pode entrar dentro de casa ou em escala menor, uma piscina, ou mesmo um espelho d’água. Em todos os casos, água dentro e fora da casa muda completamente a ocupação do espaço. Não somente por ser um elemento novo como também porque o uso da água é completamente diferente.
Por exemplo, um piso de água não pode ser usado da mesma forma do que uma cerâmica, um laminado. Ao conectar o interior com o exterior, já ampliamos muito a dimensão arquitetônica; mas, se essa interação acontecer através da água, o espaço pode até triplicar, fora toda a dinâmica criativa que essa interação sugere. Para o equilíbrio no meio ambiente, precisamos saber tecnicamente o que é necessário antes de conter água dentro e fora de casa. Além de situações técnicas – troca de água, escoamento, contenção estrutural, equilíbrio da acidez pH – ao pôr água em casa, o projeto de arquitetura necessita estar totalmente adaptado a essa situação; de preferência, na elaboração inicial de um projeto.
Para nós, que moramos em um país tropical, a água, além de necessária, é fundamental para a troca de calor. Nos trópicos, a água é pura alegria! Já conhecemos seus benefícios desde sempre; usá-la como recurso estético, também. Os romanos já usavam, nos pátios externos, as fontes como decoração. Hoje temos os modernos espelhos d’água, as piscinas, lagos e até mesmo escadas que descem até o mar. Valorizamos, cada vez mais, o meio ambiente e a natureza. Assim, transformamos e aprimoramos, através desses elementos, os espaços da casa contemporânea.